Os Bastidores de
quarentena
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memórias de um país confinado

Em meados de abril de 2020, participei de uma nova coletânea, também pela Chiado Editora. Trata-se de uma obra histórica intitulada: Quarentena - memórias de um país confinado, onde se recolhem retratos, tanto em prosa como em verso, de reflexões sobre a pandemia que "parou o mundo".
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Com o lançamento ainda pendente, podia-se ler os diversos textos participantes pelo facebook oficial da Editora.
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Para essa coletânea, escrevi a poesia Esquecido Essencial, que você pode ler logo abaixo:
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Esquecido Essencial
As horas cada vez mais apressadas
Atravessam as ruas e as relações pessoais
A distância e a presença se assemelham
Na correria de vidas superficiais.
O fazer substitui o ser
A eficiência, o contemplar
Pendências, urgências, metas a bater
Escondem o coração paciente a pulsar
Vida que segue correndo
Sem tempo pra respirar
Vai se sobrevivendo
no artificial oxigênio, tentando se acostumar
Até que um ser invisível
Resolve se impor
Freando da máquina a engrenagem
Passando do elétrico ao vapor.
Por permissão Divina
Inverte-se o teor
Do dinheiro a todo custo
Agora quem chama é o amor
A distância e a presença se assemelham
Em uma, não antes assim experimentada, união virtual
Agora é a vida, a saúde, as relações, o ser que brilham
Como estrela de Belém, num convite de retorno
Ao esquecido Essencial.